Vacinação: um mal necessário

Vacina, para alguns um terror, para outros uma maravilha, mas afinal, o que é a vacina? Em tese, a vacina é um método de imunização ativa artificial, processo no qual o organismo adquire a capacidade de produzir anticorpos contra o agente da infecção, no caso, de maneira não natural mas produzida e induzida de forma sintética. O processo de imunização é realizado através da injeção de um bioagente patogênico, enfraquecido, no organismo animal, que, a partir disso, cria anticorpos contra tal bioagente e estimula a memória imunológica.

A primeira vacina criada, contra a varíola, foi criada por Edward Jenner no fim do século XVIII. Jenner observou similaridades da varíola em vacas, que tinham feridas iguais às provocadas pela doença. Os animais tinham uma versão mais leve da doença, a varíola bovina. Percebia-se também que os responsáveis pela ordenha, após entrarem em contato com a versão bovina da doença, tornaram-se imunes à versão humana. A denominação vacina deriva justamente do nome do vírus "vaccina", (causador da varíola bovina) que vem do latim "vacca" (vaca).

A chegada da vacina no Brasil foi bastante turbulenta. Em meados do século XX, o sanitarista Oswaldo Cruz conseguiu a aprovação da Lei da Vacina Obrigatória. O objetivo desta decorrente campanha de vacinação era positivo, mas foi aplicada de forma autoritária e violenta. Os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, sendo que grande parte da população não sabia o que era a vacina e tinha medo de seus efeitos.

Hoje em dia, o jogo parece ter virado, tendo em vista que não mais a vacina persegue o povo, mas o povo corre atrás dela. Após um surto de febre amarela em janeiro deste ano, a busca pela imunização da doença cresceu abruptamente. Postos de saúde lotaram em todo Brasil por razão do medo à epidemia.

A vacina tem grande papel na prevenção e imunização à doenças. Por conta disso, é importante manter-se sempre atualizado das epidemias e do calendário de vacinação.

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